Os derivados financeiros ou derivativos, como também são designados por vezes, são contratos financeiros cujo valor resulta do valor de um activo subjacente.
Tratam-se de instrumentos financeiros complexos que servem diferentes funções, principalmente de gestão de risco, de especulação, seguradora e de arbitragem dos preços.
Estes tornaram-se particularmente famosos para lá dos meios de especialidade e da indústria financeira, não devido a sua função seguradora e de gestão de risco, mas sim devido a sua função especulativa, que foi fortemente associada à origem da crise financeira global de 2008 já que a forte utilização sob regulação hoje por muitos entendida como inapropriada, de CDOs (Collateralized Debt Obligations) e de outros derivados como o CDS (Credit Default Swap), resultando em níveis de alavancagem desastrosos, serviram de gatilho para a crise.
Não obstante, em 2019, 32 biliões de contratos de derivados foram negociados sendo que a maioria das 500 maiores empresas do mundo servem-se dos mesmos enquanto uma ferramenta de gestão de risco financeiro, protegendo as suas posições ou interesses de variações de preço, cambiais e de taxa de juros que poderão ter um impacto negativo sobre os seus retornos ou mesmo sobre a sua saúde financeira numa perspectiva mais ampla.
Este cenário apenas vem demonstrar que apesar dos eventos do passado, estes continuam a ser amplamente utilizados, desempenhando um papel essencial no circuito financeiro internacional, embora hoje com maior cautela.
Neste e-book são abordadas diferentes modalidades de derivados, as suas funções, a sua relação com os índices financeiros e o contrato swap em especial, que se assume como o principal grupo de derivados negociados Over-the Counter (OTC), especialmente enquanto uma ferramenta de gestão de risco cambial e de taxa de juros.